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FoRC estreita relação com a indústria do setor de alimentos

Por Angela Academica - Institucional

Última atualização em 06/07/2017

Em workshop com a ABIA, com a participação da FAPESP, empresas puderam conhecer as linhas de pesquisa do FoRC, além de programas de financiamento.

O Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC – Food Research Center) e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA) realizaram na última terça-feira (04/07), em São Paulo, um workshop no qual empresas do setor de alimentos puderam conhecer as linhas de pesquisa do FoRC e os programas de apoio à pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

“Um dos desafios do FoRC é promover uma aproximação efetiva entre a academia e a indústria. Este workshop com a ABIA pretende discutir as possibilidades de desenvolvimento de projetos conjuntos, tendo a FAPESP como mediadora”, destacou a diretora do FoRC, Bernadette Dora Gombossy de Melo Franco, na abertura. O evento contou com a presença do diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz; de um dos diretores da ABIA, Luis Arthur Oliveira Navarro; e de outros três membros do FoRC: a vice-diretora, Carmen Tadini; a diretora executiva, Beatriz Rosana Cordenunsi; e o coordenador de Educação e Difusão do Conhecimento, Eduardo Purgatto.

Pontos cruciais – No workshop, foram apresentadas as diversas formas de interação entre empresas e o FoRC (projetos de P,D&I, formação de recursos humanos, consultoria e assistência técnica, por exemplo), além de questões cruciais para as empresas nessa relação. Carmem Tadini, esclareceu que a divisão da propriedade intelectual em projetos em cooperação com empresas é discutida e colocada em contrato. “Há, ainda, cláusulas de confidencialidade para proteger os conhecimentos e resultados que são estratégicos para a competitividade da empresa”, disse.

O diretor científico da FAPESP apresentou os três programas de financiamento da entidade para apoiar atividades de P,D&I nas empresas: o Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), o Programa de Apoio à Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE) e o Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE).

O PIPE, que apoia empresas com até 250 empregados e projetos de até dois anos de duração, lança quatro editais por ano, na modalidade fomento, ou seja, a fundo perdido (a empresa não precisa devolver o dinheiro). Brito Cruz aconselhou as empresas interessadas a lerem com atenção as normas do programa, seguir o roteiro para preparação do projeto disponível no site da entidade, ler o apêndice das normas e participar das reuniões que a FAPESP faz um mês antes do encerramento do prazo de inscrição do edital para tirar dúvidas.

Já o PITE é voltado para empresas de médio e grande porte. Nessa modalidade, um pesquisador de uma universidade ou instituto de pesquisa elabora um projeto junto com uma empresa. Se aprovado, parte do recurso a ser investido deve vir da empresa, parte da FAPESP e a universidade entra com a infraestrutura, como pessoal e laboratórios. “O FoRC pode ajudar as empresas a formular os projetos tanto para o PITE quanto para o PIPE”, disse Brito Cruz.

No caso do CPE, uma empresa se associa com a Fapesp e lança um edital conjunto com os temas de pesquisa de interesse da empresa. Parte do recurso vem da Fundação, parte da empresa. As universidades (ou um conjunto de universidades ou instituições de pesquisa) fazem projetos para criar o Centro e a proposta vencedora do edital passa a sediá-lo. O prazo de operação é de dez anos.

Brito Cruz ressaltou que a FAPESP não libera recursos para os projetos enquanto os contratos não estiverem assinados, e neles é obrigatório constar as cláusulas que tratam do registro e divisão da propriedade intelectual. “Sem isso, a FAPESP não libera recurso para o projeto”, reforçou. Ele também destacou o papel da entidade no processo: “A FAPESP não é um banco ou agência de financiamento, nosso negócio é apoiar pesquisa”, disse.

Investimentos – Segundo Brito Cruz, a FAPESP vem investindo cerca de R$ 100 milhões, em média, nos últimos anos, em projetos de pesquisa relacionados a alimentação e nutrição. O interesse das empresas em fazer atividades de P,D&I, de uma forma geral, também é expressivo.

Em 2015, o Estado de São Paulo tinha 74 mil pesquisadores, sendo 43 mil nas universidades, 28 mil nas empresas e 3 mil em institutos de pesquisa. Dos R$ 27,5 bilhões aplicados naquele ano em pesquisa, R$ 15,7 bilhões foram investimentos feitos pelas empresas, R$ 6,2 bilhões pelo governo estadual e R$ 4,8 bilhões vieram do governo federal. “Esses indicadores mostram que não é pequeno o investimento das empresas e que a pesquisa não é só feita pela academia. Precisamos ter em mente esses números porque eles indicam que há oportunidades.”

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